Cirurgias minimamente invasivas da coluna vertebral

Os problemas de coluna normalmente podem ser tratados com métodos conservadores. Mas se eles não trouxerem melhoras efetivas, as cirurgias podem ser a opção mais adequada, garantindo uma completa recuperação e o aumento da qualidade de vida.

Os procedimentos evoluíram muito ao longo dos anos e atualmente as cirurgias minimamente invasivas surgem como as melhores opções para o tratamento de problemas na coluna.

As cirurgias minimamente invasivas são realizadas com cortes muito pequenos e contam com o auxílio da tecnologia e de pequenos instrumentos cirúrgicos para que sejam realizadas. Com o objetivo de causarem menos agressões ao corpo do paciente, são uma alternativa aos procedimentos convencionais e garantem uma recuperação muito mais rápida.

Clique nos links abaixo para saber mais sobre cada técnica cirúrgica:

vantagens das técnicas pouco invasivas de cirurgiA DA COLUNA

Cortes menores, menos danos aos tecidos do corpo.

Diminuição do risco de infecções no pós-operatório

Menor sangramento e dores

Recuperação mais rápida, retorno mais acelerado a prática esportiva e atividades de lazer

Endoscopia da coluna

Entre as técnicas minimamente invasivas para tratar problemas de coluna, a endoscopia está entre as mais populares.

O paciente pode receber sedação local ou anestesia geral e, após uma incisão mínima na pele (menos de 1 cm), uma microcâmera de alta definição é direcionada até o local da lesão e transmite as imagens para um monitor. O procedimento ocorre por vídeo, garantindo uma melhor visualização da área operada.

O cirurgião realiza as intervenções necessárias, retira os aparatos do organismo e toda a musculatura retorna à posição inicial. Durante a cirurgia, o endoscópio usado no procedimento também tem acoplados os instrumentais necessários. Além disso, o local da cirurgia é constantemente irrigado com soro fisiológico

XLIF – Extreme Lateral Interbody Fusion

Ao contrário das cirurgias convencionais de coluna, realizadas na parte posterior das costas, nesta técnica minimamente invasiva a incisão é feita pela parede lateral do abdômen ou do tórax, dependendo do local da intervenção. 

Sigla em inglês para Extreme Lateral Interbody Fusion, a cirurgia do tipo XLIF vem sendo amplamente utilizada na última década. Nos Estados Unidos, corresponde a 10% dos procedimentos de coluna.

Após a incisão na lateral do corpo, o cirurgião cria uma passagem estreita e separa suavemente as fibras musculares até chegar à região a ser tratada.

Com o objetivo de gerar o menor dano possível às estruturas internas, garantindo menor sangramento e reduzindo o tempo de hospitalização, a cirurgia XLIF pode ser usada no tratamento de hérnia de disco, escoliose e espondilolistese.

Figura mostrando a coluna na posição lateral para a técnica do XLIF e a diferença do tamanho do implante inserido na coluna, XLIF maior que confere maior estabilidade e possibilita a artrodese

Parafusos pediculares percutâneos

Os parafusos pediculares são parte fundamental no tratamento tradicional da artrodese de coluna. Nela, o cirurgião faz uma extensa incisão posterior, violando os músculos e demais estruturas adjacentes à coluna vertebral, e por isso a utilização desses parafusos se faz necessária, substituindo a capacidade de estabilização dessas estruturas que foram lesadas e que não exercem mais tais funções. Quando se mantêm intacta essas regiões, através das técnicas minimamente invasivas, o uso do parafuso acaba sendo exclusivo a algumas patologias mais instáveis.

As grandes incisões são algo que as cirurgias minimamente invasivas tentam evitar ao máximo, e a colocação desses parafusos por via aberta é contraria aos benefícios que essas cirurgias visam trazer aos pacientes. Por esse motivo, a utilização da via percutânea para a colocação desses parafusos foi a solução para minimizar essa cirurgia. Esta técnica pode ser realizada em decúbito ventral quanto em decúbito lateral quando realiza-se a técnica em single position.

Através de equipamentos e próteses especialmente desenvolvidos para o acesso, a colocação dos parafusos se dá através de pequenas incisões na pele, na qual passam apenas os parafusos. O controle do posicionamento dos mesmos na vértebra é guiado pela utilização de fluoroscopia intra-operatória, que fornece a visão exata dos parafusos. Com menor dano aos tecidos e músculos adjacentes, os parafusos são fixados às vértebras e a estabilidade do nível é alcançada de maneira menos invasiva.

É importante que você discuta os potenciais riscos, complicações e benefícios da instrumentação percutânea com o seu médico antes de receber tratamento, e confiar no julgamento dele. Apenas o seu médico pode determinar se você é um candidato adequado para este tratamento.

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